quinta-feira, 10 de junho de 2010

GOELA ABAIXO

Já no momento de sua criação, a poderosa TV Globo foi idealizada com um único propósito: transparecer a verdade do país, mesmo que sendo de uma forma mentirosa. Se auto-titulando “padrão-globo de televisão", de certa forma conseguia produzir programas hipnotizantes visando manipular uma grande massa de brasileiros. Naquela época, enfiada goela abaixo, não foi difícil conquistar o sucesso, pois o Brasil vivia uma realidade de intolerância militar e um povo carente de informação. Bastava apresentar uma programação colorida e recheada de atrativos tecnológicos.

Pelo fato de ter sido uma união política, juntamente com a empresa norte americana Time-Life, o jornalista e audacioso empresário Roberto Marinho, assinou um contrato com o Diabo, dando em troca seu compromisso de controlar uma sociedade indiretamente. O governo por sua vez, acreditava que a única forma de passar a mensagem que lhe conviria, seria pela televisão, algo novo e sem dúvida imortal para a comunicação.

A emissora influenciou diretamente a política, deixando muitas vezes brechas de irregularidades. Logo em seu início, Carlos Lacerda denunciou ilegalidade à união da emissora com o grupo Time-Life, causando desconforto e proibição de participações financeiras vindo do exterior.

Em meio a uma época de pura tensão controlada pelo presidente ditador militar, Marechal Artur da Costa e Silva, a cobertura das manifestações sociais pela Globo era zero, seu foco apenas era de passa a melhor e mais bela imagem possível com superproduções de novelas e programação controladas pelo Governo.

No ano de 1967 acaba o transtorno AI5, vindo logo após, em 1969, o Jornal Nacional, com a obrigação de passar a verdade, nada mais que a verdade para população. Será? O povo acreditava piamente nas imagens e reportagens exibidas pelo jornal, fazendo com que a idéia de viver no melhor país, existisse de fato.
Com certeza o caso mais gritante de intervenção político, foi nos anos 90 com a campanha para presidente de Fernando Collor de Mello. Uma campanha considerada publicitária, com edições favorecendo o candidato. Com a descoberta do ato falho da emissora, da mesma forma que o colocou no poder, o tirou com o impeachment. A Globo aproveitou o momento para dar explicações sobre a ausência de cobertura das antigas manifestações, dizendo que por estar vivendo uma época de censura, não poderia ser diferente, mostrando claramente os fatos.

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